domingo, 23 de dezembro de 2018

Lei municipal Nº 1132/2017: Criação do Distrito de Córrego, no município de Apodi


ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE APODI

SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEMAMENTO
LEI MUNICIPAL Nº 1132/2017 09 DE MAIO DE 2017

PLL nº. 009/2017 Autor: Maria Soneth da Silva Ferreira Gomes

Cria o Distrito de Córrego e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE APODI-RN faz saber, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo Art. 66 inciso IV da Lei Orgânica, e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Em consonância com o art. 21, da Lei Complementar Estadual nº 102/92, fica criado o distrito de Córrego, constituído de núcleo urbano e rural, já existente naquela localidade.

Art. 2º - O Núcleo Urbano do Distrito de Córrego, submeter-se-á as normas disciplinares importas à Administração Urbana da Sede do Município.

Art. 3º - Caberá ao Prefeito Municipal, através de ato regulamentar, estabelecer normas de implantação e funcionamento da administração do Distrito.

Art. 4º - Caberá ainda ao Prefeito Municipal, regulamentar a delimitação do território do distrito, fixando os seus limites, descrevendo-os integralmente, trecho a trecho e indicando os acidentes geográficos.

Art. 5º - Fica estabelecido o prazo de 18 (dezoito) meses para o Executivo Municipal implantar, oficialmente, o distrito como subdivisão, administrativa do município.

Art. 6º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal em Apodi/RN, em 09 de maio de 2017

ALAN JEFFERSON DA SILVEIRA PINTO
Prefeito Municipal

Esta lei encontra-se publicada no Diário Oficial dos Municípios do Rio Grande do Norte - http://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/D993F0AA

Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

Maria de Birico

MARIA ALVES DA SILVA TARGINO, conhecida popularmente por "Maria de Birico" nasceu na localidade de Córrego, município de Apodi/RN, no dia 08 de janeiro de 1949. É filha de Antonio Alves da Silva(Antonio de Joana) e Elvira Ferreira Lima. 

Estudou somente até a segunda série, na antiga Escola Isolada do Córrego. Aos 08 anos de idade mudou-se para o Sítio Soledade, também localizado neste município, onde reside até hoje. 

Casou-se com o agricultor Antonio Targino da Costa("Birico"), com quem teve uma prole de 16 filhos, sendo que 4 deles faleceram na infância: Clecinho Targino(in memoriam), Jorge Targino(in memoriam), Francisco Targino(in memoriam), José Targino(in memoriam), Cici Targino, Dalva Targino, Maria de Fatima, Antonia Rita, Luzia Targino, Maria Antonia, Veronica Targino, Lucia Targino, Expedito Targino, João Batista Targino, Emanoel Targino e Renato Targino. 

Seu marido Birico(falecido no ano de 1998) deixou vasta contribuição para a região da Chapada do Apodi, sendo dos fundadores da FALS - Fundação dos Amigos do Lajedo de Soledade, entidade que cuida do patrimônio histórico do Lajedo e do Museu Rural sediado no Distrito de Soledade. 

Mulher religiosa, Dona Maria foi uma mulher batalhadora que trabalhou na roça, ajudando seu marido para garantir o sustento da família, educando os filhos com muito amor e carinho, ensinando o respeito e as boas maneiras.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Manoel Libânio

MANOEL LIBÂNIO DA SILVA nasceu no dia 06 de setembro de 1895, no Sítio Várzea do Barro, no município de Parelhas/RN,  filho de Ricardo Tavares da Silva e de Joana Maria da Conceição.

Em 1942, mudou-se para o Sítio Marrecas, no município de Caraúbas/RN. Em seguida veio morar no Sítio Retiro, no município de Apodi/RN onde comprou uma propriedade e constituiu sua família. Também passou uma temporada no Sítio Córrego, em Apodi/RN. Manoel Libânio trabalhava na agricultura, ajudando no sustento de sua família.

Casou-se em primeiras núpcias com Rita Maria da Conceição, de cujo matrimônio deu origem a uma numerosa prole: Severino Manoel da Silva, Nicolau Manoel da Silva, Gregório Eugênio da Silva, Manoel Urbano da Silva, Narcísio Libânio da Silva, Elpídio Manoel da Silva(Novo Libânio), João Manoel da Silva(Joca Libânio) e Ricardo Tavares da Silva Neto.

Casou em segundas núpcias com Paulina Libânio da Silva, com quem teve o filho Paulo Libânio da Silva. 

Exerceu o mandato de vereador do município de Apodi por diversas legislaturas, em uma época em que ainda não existia salário para os parlamentares municipais no Brasil.

Manoel Libânio elegeu-se pela primeira vez, pelo Partido Social Trabalhista(PST) nas eleições de 03 de outubro de 1950, ocupando o cargo de 1951 a 1955. Disputou a reeleição em outubro de 1954, entretanto obteve apenas a suplência, vindo a assumir temporariamente uma vaga em abril de 1956.

Porém, em 1962 voltou a disputar novamente uma vaga no poder legislativo apodiense, sendo eleito  pelo  Partido Social Democrático(PSD), com 209 votos,  para a legislatura 1963-1967.

Com a instituição do sistema bipartidarista no Brasil, Manoel Libânio filiou-se à Aliança Renovadora Nacional(ARENA) e disputou a reeleição à Câmara Municipal nas eleições de 15 de novembro de 1966. Naquela ocasião, obteve 348 votos, sendo o quarto vereador mais bem votado. Em 15 de novembro de 1970, reelegeu-se pela ARENA, com 202 votos.

Na Câmara Municipal, Manoel Libânio ocupou os cargos de 2º vice-presidente da Mesa-Diretora no período de 1963 até 1966 e foi 2º Secretário no período de 1966 até 1968.

Manoel Libânio faleceu em Apodi  no dia 30 de novembro de 1993. Era o avô da professora Zita Maria(filha de Joca Libânio e de Maria de Joca), residente no Sítio Retiro, na região da Areia de Apodi. Era bisavô da vereadora apodiense Soneth Ferreira(eleita nas eleições de 2012 e reeleita  no pleito de 2016).

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi  - Portal Fatos do RN

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Antonio de Zuza

ANTONIO FERREIRA DE LIMA, mais conhecido por Antonio de Zuza, nasceu no Sítio Ipueira(Pé de Serra), no dia 25 de maio de 1940, filho de Manoel Ferreira de Lima(Zuza Amor) e Delfina Francisca da Conceição. 

Iniciou os estudos na Escola Isolada do Sítio Córrego, sua primeira professora foi Maria Moreira de São Pedro. Concluiu o primário na Escola Estadual Ferreira Pinto, onde hoje funciona o Gerson Lopes no centro da cidade.

Concluiu o Ginásio(1ª a 4ª série) na Escola Comercial Felinto Alves(hoje Escola Antonio Dantas), no ano de 1964. Logo após concluir o ginásio trabalhou como comerciário de 1959 a 1964. Casou-se com a professora Maria da Conceição Maia Lima, conhecida por “Ceição”, (filha de Pedro de Oliveira Maia e Francisca de Oliveira Maia), no dia 22 de junho de 1964. Desse consórcio nasceram oito filhos: Maria do Socorro de Lima Maia, João Sérgio Maia e Lima, Ana Maria Maia e Lima, Denise Maria Maia e Lima, Dilza Maria Maia e Lima, Maria da Glória Maia Lima, Lariza Cristina Maia Lima e João Paulo Maia Lima. Em seguida fez o ensino científico, que hoje corresponde ao 2º grau na Escola Estadual Professor Antônio Dantas, que também se localizava onde hoje funciona o Gerson Lopes. 

Depois começou a trabalhar como professor de Educação Física em 1966. Exerceu o cargo de professor P8C a nível estadual na Escola Estadual Professora Alvaní de Freitas Dias em Apodi. Exerceu também o cargo de Substituto do 1º Cartório Judiciário de Apodi, de novembro de 1968 à março de 1976. Foi auxiliar de escritório da EMATER-RN, de março de 1976 a julho de 1979. E por último Técnico em Estudos e Pesquisas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) de 1979 a julho de 1997, estando aposentado do primeiro e deste último. 

Seu Zuza Amor, foi sócio da Associação Cultural Desportiva Apodiense(ACDA) e exerceu também a função de secretário da entidade por 20 anos. Foi Conselheiro da Fundação para o Desenvolvimento do Vale do Apodi(FUNDEVAP) e do Conselho Fiscal da Cooperativa Vale do Apodi. Foi também por muitas vezes Secretário de festas dos padroeiros da Igreja Matriz de Apodi(São João Batista e Nossa Senhora da Conceição), na época em que o Padre Theodoro cuidava da igreja da cidade. 

É um dos sócios fundadores da Loja Maçônica Vale do Apodi. Na maçonaria já exerceu os seguintes cargos: 
Secretário por dois mandatos; 
Tesoureiro por um mandato; 
2º Vigilante por um mandato 
2º Diácono por um mandato
Arquiteto por um mandato e 
Atualmente é Porta-bandeira. 

Mora atualmente na Rua Nossa Senhora da Conceição e continua participando como Sócio da Loja Maçônica Vale do Apodi.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

domingo, 9 de dezembro de 2018

Sêo Leonildes Marcolino - uma alma generosa e boa

Por Marcos Pinto* 


Dona Moça e seu Leonildes Marcolino 

Nós, apodienses, sempre nos destacamos em situações ditas vexatórias, por sermos detentores de incrível e rápida capacidade de discernimento, popularmente conhecida como capacidade de tirocínio. É um dom natural que DEUS amalgamou nos homens e mulheres da terra dos guerreiros e Caciques Itaú e Jenipapuassú, da etnia tapuias paiacus do antigo Lago Pody. Nesse contexto, sêo Leonildes sempre se destacou como um dos antigos comerciantes da Praça de Apodi, com incrível capacidade para vencer no seu ramo comercial, como realmente venceu, após longas e árduas batalhas vividas entre preços e sobrepreços de materiais para construção. Mesmo aparentando sisudez de homem duro, carrasco, carrancudo, sempre era flexível nos preços, sempre segurando a tabela até o último instante, para só ceder no soar do gongo, quando o cliente já se preparava para debandar rumo a outro estabelecimento comercial do ramo de construções.

Seo Leonildes era um homem um tanto quanto arredio, impulsivo, arrebatador, inteligente, do tipo duro sem jamais perder a ternura. Era contumaz em ajudar nas festas alusivas aos padroeiros da cidade, quer seja contribuindo financeiramente, quer seja envidando esforços físicos para angariar prendas para o leilão paroquial. Era uma alma imensa de generosidade e também de valentia moral, mas irradiador de tranquilidade, de estímulo, de confiança e de ânimo. Nascido em terras da região da Areia, margem da Mãe-Lagoa de Apodi, desde cedo entregou-se aos trabalhos árduos, que ao longo da sua trajetória de vida foram constantes e seguros em produtividade. Encarnava o exato perfil do homem idealizador e incansável na labuta diária. Tinha uma ampla visão no comparativo das coisas pretéritas com as coisas atuais, dos pormenores e movimentos que o dinamismo da tal evolução exerce, como que uma força coercitiva para que o homem atual adote uma espécia de acomodação inflexível e imediata. Diante observações infundadas de alguns clientes acerca dos altos e baixos vividos no comércio da compra e venda de materiais de construção, sempre alertava, frisando: "Os tempos são outros !. Isso refletia uma espécie de alerta para que, vez por outra, deve-se adotar uma perspectiva de administrar o seu comércio com um olho no retrovisor e outro nas paralelas das minudências do momento, afastando qualquer manifestação do ufanismo, da mentira deslavada e a propaganda descarada em forma de marketing enganoso. Foi um homem fisicamente forte e espiritualmente superior.

Em sua faina como comerciante, Sêo Leonildes protagonizou algumas cenas deveras hilária. Fui testemunha ocular de uma peleja no preço fixado para compra e venda de cano PVC ao meu prezado e distinto tio paterno Paulo de Aristides Pinto, Professor, advogado e comerciante do ramo de temperos e condimentos alimentícios. Acompanhei o dito tio em périplo por diversas lojas de venda de materiais de construção, fazendo valer aquela antiga mania de barganhar nos preços, por menor que fosse a diferença, para menos. Após passarmos por três lojas, nos dirigimos à loja de sêo Leonildes, isso já beirando o meio dia. Fomos gentilmente recebidos, tratamento costumeiro dispensado a todos os clientes, indistintamente. Fiquei ao largo, observando a abertura do diálogo entre vendedor e comprador acerca do preço do metro de cano PVC rígido 3/4. Lembro-me que após Sêo Leonildes informar o preço, o matreiro cliente fez a observação de que nas lojas visitadas anteriormente o preço era dez centavos a menos, por metro do cano. Aí começou uma peleja que se arrastou por longos 30 minutos, sem que seo Leonildes arredasse pé no abatimento do preço, nem muito menos o não menos teimoso cliente mudava a sua oferta de compra, sempre observando o nome do outro dono da loja, que por sinal não era apodiense, já ameaçando retornar a loja mencionada, já caminhando para a saída da loja. Após muitos longos suspiros, sêo Leonildes dirigiu-se à sua esposa dona Moça, que era o caixa no momento, dizendo-lhe: "Moça, receba o dinheiro da compra aí feita pelo Dr. Paulo de Aristides. !". 

De outra feita, sêo Leonildes fora vítima de um assalto de um ousado meliante, como sempre praticado sob a tranquilidade do horário do meio dia. Só sêo Leonildes e dona Moça se encontravam na loja, uma vez que os funcionários tinham saído para o almoço. Eis que de forma sorrateira, o assaltante adentrou a loja com andar calmo e aparentando certa tranquilidade, o que passou a impressão de ser apenas mais um freguês. A essa altura, sêo Leonildes se dirige para o freguês perguntando-lhe que material de construção o mesmo queria comprar, ouvindo o suposto freguês afirmar-lhe, à queima-roupa, que se tratava de um assalto, ao mesmo tempo em que punha a mão sobre a cintura, como que para mostrar que se achava armado. Impassível, sêo Leonildes exclamou:

- Deixe de besteira rapaz !.

Ao ouvir tal manifestação intempestiva de sêo Leonildes, eis que o bandido saca de um revólver e encosta-o na barriga de sêo Leonildes, que também ligeiramente se dirige à dona Moça, exortando-a:

- Vá Moça, entregue todo o dinheiro a esse rapaz !.

Após esse constrangedor e inusitado incidente, o meliante saiu calmamente, sem demonstrar nenhum receio de reprimenda por parte de sêo Leonildes. Era componente da velha guarda dos comerciantes apodienses, cerrando fileiras ao lado de sêo Valdemiro Custódio, Preto Custódio, João Custódio, Joel Câmara, Zé de Chico Pedro, sêo Dioclécio Almeida, Fernando Menezes, Zé Sidô, Raimundo Monteiro Cavalcanti, Mário Marinho da Mota, Aurino Gurgel, Chico do Canto, Chico Paizinho, Raimundo Sena e tantos outros. que contribuíram de forma relevante para o desenvolvimento da economia apodiense.

Assim era o cidadão LEONILDES MARCOLINO - Homem cordial e acessível, sem rancor e sem ódios. Um gentleman à moda sertaneja.

*Marcos Pinto é historiador e advogado

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