Escritor Raimundo Vieira. Foto: reprodução.
Faleceu na manhã desta segunda-feira, 19 de outubro, o escritor Raimundo Vieira de Souza, conhecido popularmente por "Mundinho de Dona Flor". Raimundo era natural de Apodi, e residia na cidade de Mossoró há vários anos. Coincidentemente ele faleceu exatamente no mesmo dia de seu aniversário, aos 75 anos. Era casado com Toinha Vieira e deixou 5(cinco) filhos.
Além de escritor e poeta, Raimundo Vieira foi advogado, fundador e presidente do Sindicato dos Bancários de Mossoró e Região, professor da FURRN(atual UERN), Juiz Classista, funcionário do BNB. Era membro imortal da Academia Apodiense de Letras - AAPOL, entidade fundada no ano de 2006.
O escritor, historiador e advogado apodiense Marcos Pinto publicou nota em sua rede social sobre a partida deste ilustre apodiense:
"APODI VESTE LUTO.
Quanto Forte pesar recai sobre nosso Amado Apodi com o retorno à CASA DO PAI ETERNO na pessoa do nosso querido conterrâneo, amigo e Confrade RAIMUNDO VIEIRA DE SOUZA, popularmente conhecido em nosso torrão natal como MUNDINHO DE DONA FLOR GOGÓ. Homem culto, bom e probo. Ex-Seminarista, Poeta, Escritor , Bancário aposentado, Advogado militante em Mossoró, onde residia, e Imortal da Academia Apodiense de Letras (AAPOL). Modesto, muito pacifico, nunca teve vaidades materiais. Viveu sempre entre os mais humildes, aos quais proporcionava-lhes o bem que podia. Não tolerava o ócio. Era sempre aferrado ao trabalho, tendo, mesmo aposentado, cursado Direito e instalado escritório, com destacada atuação. A Cultura apodiense tem o seu inconfundível DNA amalgamado em seus anais históricos, sobressaindo-se pelo fato de ter sido um dos principais idealizadores para a concretude da criação e instalação da maior instituição Cultural do Apodi - A ACADEMIA APODIENSE DE LETRAS (AAPOL). Os seus olhos irradiavam brilho especial por cada conquista obtida em prol da cultura da sua terra, além do prazer que elas proporcionavam-lhe. Muito sofria quando informavam-lhe acerca da demolição de Casarões históricos urbanos, sempre mostrando-nos que tais demolições representavam sérios atentados à fisionomia urbana, com a qual era profundamente identificado, recordando a paisagem extinta ou depredada da nossa bela arquitetura. Fazia essa observação com a alma crivada de saudades. Muito tentou, junto aos prefeitos, dar luzes à política urbanística de conservação e recuperação do nosso vasto património histórico -arquitetônico. Deixou-nos um legado Cultural vastíssimo, obra de alentado trabalho de pesquisa histórica que avulta sob a cronologia pretérita de três séculos. Fraterno, esmerava-se em projetar aos que lhe acorriam, indicando-lhes oportunidades, estimulando-lhes as vocações. Incitava-os ao estudo profundo do contexto almejado, respeitando-lhes a dignidade mediante a liberdade de pensamento e de expressão. Consultado, sempre tinha a resposta precisa para resoluções complexas, mas sem a pretensão de que a mesma fosse a verdade, absoluta e definitiva. Suas virtudes cristãs representam os degraus que o conduziu à plenitude espiritual reinante na CASA DO PAI ETERNO. Tributo-lhe reverencial e referencial memória. Que os sinos da nossa Igreja-Matriz dobrem em solenes acordes de pungente SAUDADE . À luz perpétua o resplendor."
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