domingo, 30 de junho de 2019

Termo de posse do prefeito interino Celso Marinho, janeiro de 1963

 Termo de posse do vereador Celso Marinho de Oliveira no cargo de prefeito(interino) do município de Apodi, em virtude da cassação/afastamento  do prefeito João Pinto.

O substituto legal de João Pinto seria  o vice Izauro Camilo de Oliveira, mas não assumiu à Prefeitura por ter se afastado dos cargos de vice-prefeito e Presidente da Câmara Municipal. A partir dai, a linha sucessória caiu nas mãos do 1º primeiro vice-presidente do poder legislativo apodiense, o vereador Celso Marinho.

"Termo de compromisso que prestou o cidadão Celso Marinho de Oliveira   1º(primeiro) vice-presidente em exercício de Presidente da Câmara Municipal do Apodi, 


Aos vinte e oito dias (28) do mês de janeiro janeiro do ano de 1963(mil novecentos e sessenta e três) nesta cidade do Apodi, no Salão nobre da Prefeitura Municipal pelas 22 (vinte e duas) horas e 45(quarenta e cinco) minutos, ai reunidos o conselho de vereadores pela unanimidade de seus membros, presente também o vice-prefeito empossado, perante à Câmara Municipal reunida extraordinariamente que deu posse ao (prefeito), vice-prefeito em exercício Celso Marinho de Oliveira no cargo de Prefeito do município de Apodi, na qualidade de substituto legal do Prefeito Constitucional, cidadão João Pinto, que foi suspenso das suas funções na (última) (penúltima) sessão extraordinária do legislativo municipal pôr deliberação unânime dos vereadores, presentes tomou posse êle posse com tôdas as formalidades legais, assim na oportunidade, passando o vice-prefeito à presidência do substituto eventual, 2º vice-presidente da Câmara, Severino Pereira Tôrres, foi pôr este último declarado empossado na chefia do executivo deste Município, perante à respectiva Câmara reunida, tendo prestado compromisso de praxe. Defireu o compromisso de mui fielmente cumprir os dispositivos das Constituições Federal e Estadual zelar pelo bem estar da familia e trabalhar pela a prosperidade do Município; Aceito este compromisso de maneira foi pelo o mesmo lido em vós alta e a seguir lavrou-se o presente termo que vai assinado pelo o  presidente  pelos membros da Câmara Municipal e pelo o compromissado do que para constar. Eu Francisco Lima, secretário efetivo da Mêsa o escrevi e subscrevi. 

Apodi, 28 de janeiro de 1963. 

Severino Pereira Tôrres
Celso Marinho de Oliveira
Francisco Chaves Sizenando
Edmilson Edson de Morais
Francisco Felinto Neto
José Firmino de Oliveira
José Clauber Gurgel da Nóbrega"


OBS: Celso Marinho permaneceu à frente do poder executivo apodiense até 18 de fevereiro de 1963, quando abdicou do cargo, sendo empossado em seu lugar, o vereador Valdemiro Pedro Viana. Naquela época, os mandatos dos prefeitos começavam e terminavam no dia 31 de março. 

FONTE: Livro de Atas da Câmara Municipal de Apodi - CMA

Pesquisa: Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

Celso Marinho


CELSO MARINHO DE OLIVEIRA nasceu no município de Apodi/RN no dia 25 de outubro de 1936, filho do agricultor e comerciante Júlio Marinho  e da doméstica Abília Marinho de Oliveira.

Seu saudoso pai foi um dos grandes comerciantes de sua época e uma das maiores lideranças  políticas em Apodi, alavancando o nome da Família Marinho no município,  tendo exercido o mandato de vereador e o cargo de vice-prefeito por 2(duas) vezes.

Desde cedo Celso Marinho começou a trabalhar com seu pai transportando cera de carnaúba para o Estado do Ceará.

Em 1956, casou-se Dona Maria Diógenes de Oliveira(Valdira), filha do casal Valdemiro Custódio da Silva e  D. Cecília Joaquina Diógenes. Desse matrimônio nasceram os seguintes filhos: Francisco Elizer Marinho, Maria Enay Marinho, Eloise Marinho de Oliveira, Antônia Edna Marinho, Francisco Erivan Marinho, Edneide Marinho, Celso Marinho Júnior e Carlos Kleber Marinho(in memoriam).

Seguindo a trajetória política de seu pai, Celso Marinho disputou o cargo de vereador em Apodi, no pleito de 03 de outubro de 1958, sendo eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro(PTB), com 137 votos, conquistando o oitavo lugar das 10 vagas reservadas ao legislativo da época.

Reelegeu-se nas eleições municipais de 07 de outubro de 1962, novamente pelo PTB, logrando 151 votos, obtendo o 9º(nono) lugar.

Celso Marinho de Oliveira foi 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Apodi e tomou posse no cargo de prefeito interino do município de Apodi no dia 28 de janeiro de 1963, em virtude da cassação do prefeito constitucional João Pinto. Porém, em fevereiro do mesmo ano, Celso Marinho abdicou do cargo, sendo empossado em seu lugar o vereador Valdemiro Pedro Viana. No dia 18 de fevereiro de 1963, tomou posse para o segundo mandato de vereador e exerceu o cargo até 31 de janeiro de 1967. Durante esse período, assumiu a função de 2º (segundo) secretário da Mesa-Diretora da Câmara Municipal de Apodi, de abril de 1966 a 1967. 

Voltou a disputar uma vaga no poder legislativo apodiense no pleito de 15 de novembro de 1970, desta vez pelo partido da Aliança Renovadora Nacional(ARENA), sendo eleito em sétimo lugar, com 301 votos. Tomou posse em 01º de fevereiro de 1971, e ocupou novamente o cargo de 1º vice-presidente da Mesa-Diretora da Câmara e exerceu a vereança até 31 de janeiro de 1973.

Vale salientar, que naquela época  os vereadores não recebiam salário, diante disso Celso Marinho exerceu seu mandato voluntariamente, por amor a política e ao seu povo.

No pleito de 15 de novembro de 1972,  saiu candidato a vice-prefeito, pela sublegenda da  ARENA 2 , na chapa encabeçada pelo comerciante Francisco Paulo Freire(Chico Paulo), com o slogan "É o Óleo". A chapa Chico Paulo/Celso Marinho obteve 2.466 votos, entretanto não lograram sucesso, perdendo a disputa para a chapa da ARENA 1 formada por  Izauro Camilo(prefeito) e Bevenuto Paiva(vice).

Após isso encerrou sua participação na vida pública da cidade e passou apenas a dedica-se à família e as suas atividades do comércio que já exercia há vários anos. Celso Marinho foi comerciante no ramo de alimentação  e foi dono do antigo "Bar Satélite", um dos principais pontos de lazer da época, que ficava localizado no Centro de Apodi, próximo a Igreja Matriz. Além disso, foi um dos pioneiros a bancar o jogo do bicho. Faleceu em sua terra natal no dia 31 de agosto de 1995.

É patrono da Rua  "Vereador Celso Marinho", sediada no Bairro Baixa do Caic na cidade de Apodi.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

sexta-feira, 28 de junho de 2019

João Batista Guerra, um apodiense governador

JOÃO BATISTA GUERRA – UM APODIENSE GOVERNADOR 


João Batista Guerra nasceu na cidade de Apodi, no dia 6 de dezembro de 1914.  Era filho de Carlos Borromeu de Brito Guerra e Maria Bezerra Guerra. 

Iniciou seus estudos no grupo escolar de Apodi. Ainda muito jovem transferiu-se para Mossoró-RN, onde fez o curso de professor na Escola Normal daquela cidade, um dos melhores estabelecimentos de ensino do Estado na época. 

Muito inteligente e bastante dedicado nos estudos, foi aluo de destaque durante todo o curso.

Ao receber o diploma de professor, em 1933, voltou ao Apodi, para ensinar no Grupo Escolar Ferreira Pinto, e em seguida casar-se com a professora Francisco Lopes, também diplomada pela Escola Normal de Mossoró. Desse casamento houve dois filhos. 
Em plena juventude e com entusiasmo, João Guerra dedica-se à política partidária. logo intrigou-se com os chefes políticos que dentro de pouco tempo passaram a dominar a situação em Apodi, triunfando em duas eleições seguidas. João Guerra atraiu para si a ira dos coronéis adversários. Perseguido, foi transferido para a então vila de Vitória, atualmente Marcelino Vieira, no alto Oeste Potiguar Ali ensinou um ano. 

Retornando à sua terra, deixou o Magistério para se dedicar ao comércio, no qual não obteve êxito. Valendo-se de sua inteligência ingressou na advocacia, como advogado rábula. Nesta profissão não lhe faltava clientes. Trabalhou dois anos nas atividades agrícolas plantando algodão, feijão e milho na Chapada do Apodi. Mais por passatempo do que por necessidades de sobrevivência desenvolveu esta atividade em Apodi.

Continuou participando da agitadíssima campanha política que se alastrava por todo o Estado do Rio Grande do Norte, quando já se tornavam frequentes as arbitrariedades e crimes de morte, com a cobertura do próprio governo, a cujo partido o João estava ligado. 
Considerado um bom orador, João Guerra participava dos comínios e reuniões ao lado do coronel Benedito Saldanha. Homem perigoso e violento, vindo de outra região para comandar o partido do governo em Apodi e noutros municípios desta zona. Em Apodi o tal coronel deixou marcas profundas de sua violência. 

Em 1935, foi deflagrada a Intentona Comunista no Rio Grande do Norte. Abafado o movimento, muitos políticos foram presos. João Guerra foi denunciado como subversivo, refugiando-se para não ser preso.

Graças a interferência do seu sogro, Antonio Lopes Filho, homem de prestígio e correligionário do governador eleito, Dr. Rafael Fernandes, João Guerra conseguiu voltar ao Apodi, sem coação.

Não vislumbrando nenhuma perspectiva de futuro para ele, no Apodi e no Rio Grande do Norte, marcado pelos adversários, e observado a pequenez do ambiente para um jovem inteligente, cheio de ideias e esperança, resolver deixar o Apodi. 

Dentre os seus projetos para mudar o rumo de sua vida, aceita o convite de um norte-rio-grandense ilustre que assumia importante cargo no Território Federal do Acre. No ano de 1942, viaja com a família para assumir o cargo de diretor de um grupo escolar na cidade de Cruzeiro do Sul, Acre. A mulher não se deu no ambiente e dois anos depois estava de volta ao Apodi.

Com a mudança de governo, no Território do Acre, João Guerra é obrigado a deixar o Cruzeiro do Sul, indo para Manaus, trabalhar no Serviço de Profilaxia da Amazônia durante algum tempo. Ai conheceu Ivanyr G. Farias, com quem manteve um relacionamento de compreensão até o fim de sua vida. Dessa união houve cinco filhos, todos residindo atualmente em Manaus.

Daí em diante esteve ligado ao Território de Rio Branco, depois Roraima. Ali assumiu diversos cargos no serviço público federal. Através de cursos conseguiu os títulos de Técnico e Bacharel em Administração, o que lhe permitiu importantes funções. 
Dentre os inúmeros cargos que ocupou na Amazônia, destacamos as seguintes: 
1 – Diretor de um grupo escolar na cidade de Cruzeiro do Sul, Acre. 
2 – Funcionário do Serviço de Profilaxia da Amazônia. 
3 – Secretário do Serviço de Administração Geral de Roraima.
4 – Diretor titular do Serviço de Administração de Roraima. 
5 – Diretor do Curso de Aperfeiçoamento dos Serviços Territoriais de Roraima e professor do mesmo Curso. 
6 – Secretário Geral do Território de Roraima. 
7 – Governador, em substituição do Território de Roraima. 
8 – Representante dó Território de Roraima em Manaus. 
9 – Chefe da Secção Pessoal de Administração. 
10 – Diretor de Segurança e Guarda do Território de Roraima. 
11 – Professor de Pedagogia e Psicologia. 
12 – Assessor Técnico do Governador. 
13 – Assessor Técnico da Câmara Municipal de Manaus ao VII Congresso Nacional dos Municípios. 

Indo residir em Manaus, ao encerrar suas atividades em Roraima, e juntamente com outros profissionais, instala um escritório de prestação de serviços – SERVAM , abrangendo os ramos de Direito, Engenharia, Economia, Administração, Contabilidade e outros. 

Uma das características de João Guerra, muito admirada, era sua popularidade e sua maneira cativante de fazer amizade. Aliada ao seu espírito de aventura, estava sua coragem para enfrentar desafios. A prova maior disso foi a sua trepidante trajetória pela região amazônica, enfrentando sérios obstáculos, inclusive em lutas políticas. 

Suas atividades literárias limitaram-se a artigos, crônicas e reportagens para jornais. Escreveu algumas teses sobre assuntos administrativos, sociais e econômicos da região. 
João Batista Guerra foi o apodiense que, pelas suas qualidades chegou ao importante cargo de governador, no Território de Roraima, em 1951. Sem dúvida, um exemplo admirável de talento e capacidade, para atingir altas posições na vida pública, sem ambições, pois, o exemplo marcante de sua personalidade era a modéstia. 

A notícia de sua morte, quando ainda não tinha completado 60 anos, a recebi com espanto e certo cepticismo. Isto pelas circunstâncias em que sua vida se extinguiu, fulminada por um colapso, contra o qual não teve chance de lutar, e quando muito ainda teria a realizar. Enfim, um fato para mim inesperado. Curvou-se diante do terrível imprevisto, o homem que eu conheci na intimidade do nosso lar e da nossa família, na plenitude de sua vigorosa juventude esbanjando saúde.

Em Apodi, sua terra natal, foi o professor iniciante, o comerciante, o político afoito, agricultor e advogado. Lutando, porém sem esperança de conquistas compatíveis com o seu preparo intelectual e com os seus ideais. 

Depois, a grande aventura e o sonho com os tesouros minerais escondidos na vastidão das florestas sem fim, da natureza generosa e cruel ao mesmo tempo. Uma ameaça constante ao home, exposto a riscos e perigos que podem comprometer a sua saúde.

Com dificuldades João Guerra, enfrentou batalhas e conquistou vitórias que o consagraram como um verdadeiro herói, nas terras distantes que ele tanto admirava, amou e constituiu família. Morreu quando não esperávamos, no dia 9 de setembro de 1974.

Fonte: "Misturas de Frases e Palavras" - Válter de Brito Guerra(1998)


*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

terça-feira, 25 de junho de 2019

Zominho


FRANCISCO VIEIRA DE SOUSA mais conhecido por “Zominho”, nasceu no dia 04 de junho de 1945, no Sítio do Padre, que na época era encravado no município de Apodi, e hoje pertence ao município de Severiano Melo,  filho de Almiro Bispo Vieira e Maria Lilia de Sousa(também conhecida como Maria Vieira de Souza).

Em 1948, aos 03 anos de idade mudou-se com sua família para o Sítio Lagoa Amarela, município de Apodi, onde mora atualmente. 

Começou a estudar aos 12 anos de idade no Sítio Aleixo, tendo como primeira professora Dona Lourdes. Depois passou a frequentar uma escola particular na localidade de Córrego, município de Apodi-RN, tendo como professora Dona Letice Ferreira. Zominho  estudou até o quarto ano(quarta série). Além disso, também estudava em casa com a ajuda de sua mãe. Sempre que voltava da escola ajudava seus pais nos trabalhos do campo.

Zominho casou-se em 18 de dezembro de 1977 com Dona Maria de Fátima Freitas de Sousa, com que teve 06 filhos: Marta Maria de Freitas Souza, Maria da Paz Freitas Souza, Francisco Vieira Souza Júnior(Sousinha), Marcelo de Freitas Souza e um casal de gêmeos Maciel de Freitas Souza e Maciana de Freitas Souza. 

Aos 15 anos de idade já era atuante na política de Apodi, porém não podia votar, pois na época não era permitido o voto para menores de 18 anos.

Pela primeira vez candidatou-se a vereador em Apodi no ano de 1972, pela legenda da Aliança Renovadora Nacional(ARENA), sendo eleito no dia 15 de novembro do mesmo ano, com uma votação de 382 votos. No seu tempo trabalhava como voluntário, pois vereador não recebia remuneração.  Na Câmara Municipal, ocupou os cargos de 1º Secretário no período de janeiro de 1973 a janeiro de 1975; e 1º vice-presidente da Mesa-Diretora no período de janeiro de 1975 a janeiro de 1977. 

Durante seu mandato parlamentar, Zominho fez vários projetos  e solicitações em prol da população apodiense, principalmente em benefício da "Região da Areia" de Apodi.  Durante sua carreira política apoiou o ex-prefeito Izauro Camilo de Oliveira. 

Em 15 de novembro de 1976, disputou a reeleição ao cargo de vereador, novamente pela ARENA, porém não galgou êxito, obtendo 181 votos.

Em 1982, tentou novamente retornar ao poder legislativo apodiense, desta vez saindo candidato pelo PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro, entretanto mais uma vez não logrou êxito, conquistando 109 votos. 

Atualmente é sócio filiado ao Sindicato Rural de Apodi desde o ano de 1968, do qual atua como coordenador. É sócio da AMPC - Associação de Mini-Produtores de Córrego e Sítios Reunidos.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN. 

sábado, 22 de junho de 2019

Domingos Freire de Freitas


DOMINGOS FREIRE DE FREITAS nasceu no município de Apodi/RN, no dia 15 de setembro de 1899, filho de Pedro Advincula Freire da Silveira e Cherubina Benvinda de Freitas. Tinha como irmãos Tibúrcio Freire da Silveira, Philomena Gomes de Freitas, Natividade, Maria do Mudo e Petronila Gomes de Freitas.

Passou a sua infância e juventude no Sítio Rio Novo, em Apodi/RN. Mesmo não tendo estudado, seu Domingos era um homem muito astuto e inteligente.

No dia 03 de março de 1928, casou-se com a apodiense Adolphina Carminda Dias(filha do casal Hermino Tolentino Alves de Oliveira e Petronila Pastora do Rosário). Desse matrimônio, nasceram três filhos: Alaires Dias de Freitas, vulgo "Seu Lalá"; a professora Alvani de Freitas Dias(in memoriam) e Maria de Lourdes de Freitas(in memoriam). 

Durante sua vida, Domingos Freire de Freitas exerceu as funções de agricultor, comerciante e político. Trabalhou como caixeiro-viajante e foi leiloeiro das festas religiosas da cidade.

No ano de 1948, realizaram-se eleições municipais para os cargos de prefeito, vice e vereadores em todo o país,  primeira disputa municipal após o fim da Ditadura do "Estado Novo". No pleito de 21  de março daquele ano, Seu Domingos Freire disputou uma vaga na Câmara Municipal de Apodi, elegendo-se pela legenda do antigo Partido Social Democrático(PSD).

Tomou posse em 22 de abril de 1948 e encerrou seu mandato parlamentar em março de 1951. Antes, disputou à reeleição no pleito de 03 de outubro de 1950, pelo PST - Partido Social Trabalhista, logrando 124 votos, mas não conseguiu manter sua cadeira na Câmara Municipal. Após concluir seu mandato, passou apenas a dedica-se à família e ao seu trabalho do dia a dia. 

Trabalhou por muitos anos ao lado Coronel Lucas Pinto, principal liderança política de Apodi.  Porém, devido a alguns acontecimentos políticos da época, acabou afastando-se do velho "Luquinha". 

Domingos Freire foi Sócio-Fundador e Presidente da Fundação São Vicente de Paula, em Apodi, foi Presidente da antiga Cooperativa de Agricultores de Apodi e também atuou como Presidente do Centro Esportivo Apodiense.

Domingos Freire de Freitas faleceu  em sua terra natal no dia 18 de junho de 1981. É patrono da "Rua Vereador Domingos Freire de Freitas", sediada no Bairro Betel, na cidade de Apodi.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Intendentes Municipais de Apodi eleitos em 1928

Intendentes Municipais de Apodi eleitos no pleito de 02 de setembro de 1928, para o triênio 1929-1931

Posse: 01° de janeiro de 1929.

1. LUIZ FERREIRA LEITE - 450 votos
Presidente  da Intendência

2. LUIZ SULPINO DA SILVEIRA - 450 votos
Vice-presidente

3. SEVERIANO RÉGIS DE MELO - 450 votos


4. MANOEL JOSÉ DANTAS - 450 votos


5.  ANTÔNIO MOREIRA DE SOUZA - 450 votos

6.  ANTÔNIO LOPES FILHO -  450 votos

7. FRANCISCO FERREIRA - 245 votos

8. MANOEL ANTONIO DE ALBUQUERQUE MOTTA - 245 votos


FONTE: Livro de Atas da Câmara Municipal de Apodi.

OBS: Esses Intendentes(cargo atualmente equivalente ao de vereador) tiveram seus mandatos cassados em outubro de 1930, em virtude do Movimento Revolucionário de 1930,  e as Intendências de todo o país foram extintas pelo Presidente Getúlio Vargas. Até agosto de 1926.

O Prefeito da época era o Coronel Francisco Ferreira Pinto(Chico Pinto), que também foi afastado de suas funções do poder executivo apodiense, e substítuido por um prefeito provisório.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

domingo, 2 de junho de 2019

Eudóxio Magno

EUDÓXIO MAGNO DE OLIVEIRA PINTO nasceu na Fazenda Sabe-Muito no município de Caraúbas/RN, em 05 de setembro de 1900, filho do casal Alexandre Magno de Oliveira Pinto Neto e Anália Gomes Pinto, e tinha como irmãos Francisca das Chagas Magno, Joana Magno, Eliodoro Magno de Oliveira e Francisco Solano D'Oliveira Magno.

Era neto paterno do casal João Magno D'Oliveira PInto e Dona Maria Emília de Oliveira Dores, neto materno de Antônio Gomes Pinto e Aguida Zenóbia D'Oliveira.

Eudóxio era bisneto do ex-deputado provincial(estadual) Alexandre Magno de Oliveira Pinto, que ocupou uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte no biênio 1862-1863, durante o período monárquico.

Desde muito cedo, Eudóxio Magno mudou-se para a cidade de Apodi/RN, onde passou a estudar e foi criado por seus avós.  Apesar das dificuldades,  tinha uma visão de futuro e sabia ler e escrever corretamente. 

Foi casado com a doméstica Anatildes Dantas da Silva(Dona Tila, natural de Catolé do Rocha/PB, filha de Manoel Custódio da Silva e Raimunda Dantas da Silva), com quem teve 5(cinco) filhos: Maria Coeli Magno(professora e ex-secretária de educação de Apodi), Maria do Socorro Magno da Costa(doméstica), Paulo Dantas Magno(cabo-telegrafista), Tarcísio Dantas Magno(oficial da Marinha) e José Nicodemos Magno.

Na cidade de Apodi, Seu Eudóxio Magno exerceu as funções de agricultor, comerciante e político. Foi avaliador  de terras e trabalhou durante muito tempo com o Coronel Lucas Pinto.

No dia 21 de março de 1948 elegeu-se vereador em Apodi, pela UDN - União Democrática Nacional, sendo empossado no cargo em 22 de abril do mesmo ano e encerrando seu mandato em março de 1951.

Disputou a reeleição no pleito de 03 de outubro de 1950, pelo Partido Social Trabalhista(PST), obtendo 98 votos, porém não conseguir renovar seu mandato.

Eudóxio Magno de Oliveira Pinto faleceu em Apodi no dia 13 de setembro de 1983.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

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